Ao Som da Mente
Sobre nós!
- Ao Som da Mente
- Este grupo nasceu no âmbito da disciplina de Área de Projecto. Constituído por 3 elementos, Ana Ferreira, Mariana Brites e Raquel Moreira, pretende abordar a temática da Saúde Cerebral e dos efeitos medicamente comprovados da Musicoterapia nas suas diferentes patologias. Para isso, criamos uma parceria com a Associação Raríssimas, à qual pretendemos proporcionar a implementação deste tratamento alternativo através da angariação de fundos que terá o seu auge num concerto/jantar de solidariedade com o pagamento de uma entrada simbólica. Ao longo do ano vamos ainda desenvolver diversas actividades que serão devidamente publicitadas, quer aqui quer na nossa página de Facebook. Podes sempre ajudar ao juntar-te a esta causa!
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
Novos horizontes musicais
As descobertas das últimas décadas no que toca a relação estreita entre música têm sido surpreendentes. Cientificamente já é possível estabelecer uma íntima conexão entre estas duas realidades. E a verdade é que os resultados desses diversos estudos mostram que os benefícios da música no complexo sistema cerebral são impressionantes. Podemos fazer um resumo das descobertas a que nos referimos.
- A música é uma actividade neuropsicológica, por requerer funções cerebrais diversas:
- modalidade auditiva para escutar e apreciar a música, a harmonia, o ritmo, o timbre;
- modalidade visual, para ler uma partitura;
- modalidade motora para execução instrumental;
- funções cognitivas;
- emoção para a interpretação musical.
Por Barbizet & Duizabo em 1985
- As funções musicais consistem no conjunto das actividades cognitivas e motoras envolvidas no processamento da música.
Por Correia em 1998
- As amusias correspondem à perda das funções musicais e as afasias (alterações na linguagem provocadas por lesões neurológicas) não vêm necessariamente acompanhada das amusias. Assim, a afasia sem a amusia ou a amusia sem a afasia sugere a existência de uma autonomia dos processos mentais inerentes aos sistemas de comunicação verbal e musical e, consequentemente, uma independência estrutural dos seus substratos neurobiológicos.
Sergent,1993
- Não existe um centro para a música, como existe para a linguagem. A música activa diversas áreas cerebrais, mesmo aquelas que estão envolvidas com outros tipos de cognição, tornando-se um estudo complexo, mas que permite o conhecimento do funcionamento cerebral, desde o aprendizado de uma habilidade motora, da linguagem, até a origem das emoções.
Zatorre & McGill, 2005
Podemos ainda acrescentar:
- A música é percebida e desfrutada sem necessariamente ser interpretada pelos centros superiores do cérebro que envolvem a razão e o julgamento.
- A resposta à música é mensurável, mesmo quando o ouvinte não lhe está a dar atenção consciente.
- Há evidências de que a música pode levar a mudanças de estados de espírito pela alteração da química corporal e do equilíbrio dos electrólitos.
- Baixando o nível de percepção sensorial, a música amplifica as respostas, toque e outras percepções sensoriais.
- Tem sido demonstrado que os efeitos da música alteram a energia muscular e promovem ou inibem o movimento corporal.
- Música rítmica altamente repetitiva tem um efeito hipnótico.
- O sentido da audição tem um efeito maior sobre o sistema nervoso autónomo do que qualquer outro sentido.
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
Musicoterapia e o desenvolvimento cognitivo
A Musicoterapia é uma das muitas ferramentas utilizadas por terapeutas especializados que recorrem à música e aos seus elementos para apoiar o desenvolvimento cognitivo.
O processo usa a música como maneira de auxiliar de tratamento.
A musicoterapia adopta muitas formas:
• Estimulação rítmica para auxiliar a movimentação e caminhada
• Cantar para ajudar na fala e qualidade da voz
• Ouvir músicas que distraem para reduzir a dor
• Improvisações musicais para auxiliar as necessidades emocionais
• Ouvir músicas relaxantes para melhorar a sensação de bem-estar
Terapeutas que são treinados em técnicas de Musicoterapia usam esses métodos para tentar melhorar a qualidade de vida dos seus pacientes sem o uso de medicação e muitas vezes diminuirem a quantidade da mesma se for o caso.
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Amor: cria dependência como uma droga, mas sabe bem como o chocolate!
A maravilhosa máquina cerebral destrói a mitologia do amor? Ainda não, talvez nunca. Mas já se sabe muito: as regiões activadas quando vemos a pessoa de quem gostamos ou os químicos libertados. E é tudo verdade: o estômago apertado, o coração acelerado, o vício, a intensidade do primeiro ano de relação. O amor é a droga. E hoje é Dia dos Namorados.
A base neurológica do amor romântico é o título insosso de um artigo científico publicado em 2000, que se propunha pela primeira vez olhar para o cérebro de 17 pessoas e ver quais as áreas que ficavam luminosas perantefotografias dos seus amados. Os investigadores Andreas Bartels e Semir Zekl, que na altura trabalhavam na University College de Londres, escolheram voluntários que diziam estar "verdadeiramente, profundamente, loucamente apaixonados" por alguém e resolveram submetê-los a uma máquina que forma imagens tridimensionais do cérebro por ressonância magnética.
Os observados eram analisados enquanto viam fotografias dos seus mais-que-tudo que iam passando entre fotografias de amigos do mesmo sexo que o/a companheiro/a. No cérebro, a afluência especial de oxigénio a determinadas regiões era registada pela máquina e denunciava pela primeira vez as redes complexas associadas ao amor e que permitem alguém dizer palavras como "verdadeiramente", "profundamente" ou "loucamente" num contexto piroso, mas completamente justificável com um "deixa lá, ele/ela está apaixonado/a".
Sabe-se hoje que existem 12 regiões do cérebro que são recrutadas quando pensamos na pessoa que amamos. Stephanie Ortigue, uma investigadora da Universidade de Siracusa, nos Estados Unidos, analisou com colegas a escassa bibliografia sobre a detecção destas regiões e verificou que existem diferenças quando se sente o amor de paixão, e quando se sente o amor incondicional (o sentimento que se tem relativo a pessoas doentes, por exemplo) e o amor maternal.
Apesar de todos facilitarem a criação de ligações entre pessoas, existem algumas áreas exclusivas no caso do sentimento celebrado no Dia de São Valentim (hoje, portanto), como a área tegmentar ventral e o núcleo caudado. A primeira está associada aos sentimentos de prazer e de ligação com o par, e o segundo à representação de objectivos,àdetecção de eventuais recompensas e expectativas, e ainda à preparação para agir em determinado sentido, explica o artigo da investigadora, publicado no ano passado na revista Journal of Sexual Medicine.
As imagens por ressonância magnética mostram que o amor é complexo. "Apesar de muitas teorias da emoção terem incluído o amor como uma emoção básica, é mais do que isso", disse Ortigue, citada pelo jornal britânico The Independent. "O amor inclui emoções básicas e emoções complexas, motivações direccionadas para objectivos, imagens do corpo, cognição e apreciação."
Não à dor, sim ao vício...
A ligação do amor à dor é um dos lados dessa complexidade. Se a dor dos amantes pode ser uma obsessão poética (ou real - há gente que se mata por amor), também há o inverso, já que o amor pode ajudar a suprimir ou atenuar a dor.
Algumas áreas cerebrais descritas por Stephanie Ortigue são centros importantes que reagem à dopamina, um neurotransmissor (uma molécula libertada no cérebro que certas regiões de neurónios estão preparadas para reconhecer, desencadeando reacções) que está associado ao prazer.
Uma equipa de investigadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, percebeu que os circuitos activados no cérebro quando estamos apaixonados têm semelhanças com os activados quando sentimos dor e tentou perceber se existe uma ligação entre eles.
A equipa dos Estados Unidos pegou em voluntários que estavam a namorar há menos de um ano e procurou perceber o que é que a observação de fotografias dos parceiros fazia quando sentiam uma dor causada por uma madeira aquecida que os cientistas lhes colocavam na mão.
Os observados eram analisados enquanto viam fotografias dos seus mais-que-tudo que iam passando entre fotografias de amigos do mesmo sexo que o/a companheiro/a. No cérebro, a afluência especial de oxigénio a determinadas regiões era registada pela máquina e denunciava pela primeira vez as redes complexas associadas ao amor e que permitem alguém dizer palavras como "verdadeiramente", "profundamente" ou "loucamente" num contexto piroso, mas completamente justificável com um "deixa lá, ele/ela está apaixonado/a".
Sabe-se hoje que existem 12 regiões do cérebro que são recrutadas quando pensamos na pessoa que amamos. Stephanie Ortigue, uma investigadora da Universidade de Siracusa, nos Estados Unidos, analisou com colegas a escassa bibliografia sobre a detecção destas regiões e verificou que existem diferenças quando se sente o amor de paixão, e quando se sente o amor incondicional (o sentimento que se tem relativo a pessoas doentes, por exemplo) e o amor maternal.
Apesar de todos facilitarem a criação de ligações entre pessoas, existem algumas áreas exclusivas no caso do sentimento celebrado no Dia de São Valentim (hoje, portanto), como a área tegmentar ventral e o núcleo caudado. A primeira está associada aos sentimentos de prazer e de ligação com o par, e o segundo à representação de objectivos,àdetecção de eventuais recompensas e expectativas, e ainda à preparação para agir em determinado sentido, explica o artigo da investigadora, publicado no ano passado na revista Journal of Sexual Medicine.
As imagens por ressonância magnética mostram que o amor é complexo. "Apesar de muitas teorias da emoção terem incluído o amor como uma emoção básica, é mais do que isso", disse Ortigue, citada pelo jornal britânico The Independent. "O amor inclui emoções básicas e emoções complexas, motivações direccionadas para objectivos, imagens do corpo, cognição e apreciação."
Não à dor, sim ao vício...
A ligação do amor à dor é um dos lados dessa complexidade. Se a dor dos amantes pode ser uma obsessão poética (ou real - há gente que se mata por amor), também há o inverso, já que o amor pode ajudar a suprimir ou atenuar a dor.
Algumas áreas cerebrais descritas por Stephanie Ortigue são centros importantes que reagem à dopamina, um neurotransmissor (uma molécula libertada no cérebro que certas regiões de neurónios estão preparadas para reconhecer, desencadeando reacções) que está associado ao prazer.
Uma equipa de investigadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, percebeu que os circuitos activados no cérebro quando estamos apaixonados têm semelhanças com os activados quando sentimos dor e tentou perceber se existe uma ligação entre eles.
A equipa dos Estados Unidos pegou em voluntários que estavam a namorar há menos de um ano e procurou perceber o que é que a observação de fotografias dos parceiros fazia quando sentiam uma dor causada por uma madeira aquecida que os cientistas lhes colocavam na mão.
O que os investigadores descobriram é que a percepção da dor era reduzida quando observavam a fotografia dos namorados em relação a fotografias de conhecidos. "Um dos locais-chave [medidos através de ressonância magnética] é o nucleus accumbens, um centro para a recompensa de vícios associados aos opiáceos, cocaína e outras drogas", explicou Jarred Younger, primeiro autor do artigo publicado sobre esta descoberta na revista Public Library of Science One, que saiu em 2010."Quando as pessoas estão nesta fase apaixonada do amor, que consome, existem alterações significativas no seu estado de humor que têm impacto na experiência da dor", disse em comunicado Sean Mackey, da Universidade de Stanford, que liderou o estudo. Os comportamentos, segundo os cientistas, são sintomáticos, as pessoas preocupam-se com o seu parceiro, estão extremamente concentrados na pessoa e pensam nela sempre que estão longe. "Exactamente como alguém que está viciado em drogas", disse por sua vez Younger.
Um dos animais mais semelhantes às pessoas a este nível, e um modelo preferido para os cientistas que estudam as coisas do coração, são os ratos das pradarias, que mantêm relações monogâmicas de longa duração. Sabe-se que, quando estes ratinhos estão emparelhados, o nível de dopamina sobe 50 por cento e que quando injectam um bloqueador deste neurotransmissor, o interesse da fêmea pelo macho desaparece.
O cérebro é rápido a reagir a esta droga (ao amor, claro). Segundo a equipa de Ortigue, a primeira faísca cerebral própria de quem está apaixonado dá-se 0,2 segundos depois de ver o objecto da sua obsessão, pelo menos na fotografia. Durante o primeiro ano de namoro, a fase mais apaixonada, a intensidade do que se vive está relacionada com o que se passa no cérebro.
A culpa pode ser de outra molécula, um factor de crescimento do sistema nervoso chamado NGF, que, durante o primeiro ano de namoro, foi encontrado na corrente sanguínea em concentrações maiores do que em pessoas que não estavam numa relação ou que estavam num relacionamento com dois ou mais anos. Segundo Enzo Manuele, o investigador italiano que conduziu este estudo em 58 pessoas nesta situação, esta molécula foi associada à construção de ligações entre pessoas.
Mas a NGF não mantém nem relações, nem o estado amoroso. Dos 58 indivíduos observados,39 permaneceram mais do que um ano com a pessoa com quem estavam. A equipa da Universidade de Pavia voltou a analisar a quantidade desta molécula e verificou que a concentração de NGF tinha descido para níveis normais, assim como o grau de paixão. O amor, no entanto, continuava.
Como um bolo de chocolate!
O ano-paixão pode não ser suficiente para a Natureza. Uma das teses que explicam o desenvolvimento evolutivo do amor defende que as relações duradouras são uma óptima forma de manter um casal unido tempo suficiente para criar os seus filhos. E que o cérebro altera-se durante esse tempo.
A ocitocina, por exemplo, é uma das hormonas que parece ter um papel importante na manutenção de relações ao longo do tempo nas pessoas e também nos ratos da pradaria. A libertação desta hormona acontece durante o toque e o acto sexual e pensa-se que promove a ligação entre o casal.
Um estudo conduzido por uma equipa de investigadores da Universidade de Nova Iorque mostrou que a actividade de muitas regiões do cérebro se vai alterando à medida que o tempo de relação aumenta.
Um dos animais mais semelhantes às pessoas a este nível, e um modelo preferido para os cientistas que estudam as coisas do coração, são os ratos das pradarias, que mantêm relações monogâmicas de longa duração. Sabe-se que, quando estes ratinhos estão emparelhados, o nível de dopamina sobe 50 por cento e que quando injectam um bloqueador deste neurotransmissor, o interesse da fêmea pelo macho desaparece.
O cérebro é rápido a reagir a esta droga (ao amor, claro). Segundo a equipa de Ortigue, a primeira faísca cerebral própria de quem está apaixonado dá-se 0,2 segundos depois de ver o objecto da sua obsessão, pelo menos na fotografia. Durante o primeiro ano de namoro, a fase mais apaixonada, a intensidade do que se vive está relacionada com o que se passa no cérebro.
A culpa pode ser de outra molécula, um factor de crescimento do sistema nervoso chamado NGF, que, durante o primeiro ano de namoro, foi encontrado na corrente sanguínea em concentrações maiores do que em pessoas que não estavam numa relação ou que estavam num relacionamento com dois ou mais anos. Segundo Enzo Manuele, o investigador italiano que conduziu este estudo em 58 pessoas nesta situação, esta molécula foi associada à construção de ligações entre pessoas.
Mas a NGF não mantém nem relações, nem o estado amoroso. Dos 58 indivíduos observados,39 permaneceram mais do que um ano com a pessoa com quem estavam. A equipa da Universidade de Pavia voltou a analisar a quantidade desta molécula e verificou que a concentração de NGF tinha descido para níveis normais, assim como o grau de paixão. O amor, no entanto, continuava.
Como um bolo de chocolate!
O ano-paixão pode não ser suficiente para a Natureza. Uma das teses que explicam o desenvolvimento evolutivo do amor defende que as relações duradouras são uma óptima forma de manter um casal unido tempo suficiente para criar os seus filhos. E que o cérebro altera-se durante esse tempo.
A ocitocina, por exemplo, é uma das hormonas que parece ter um papel importante na manutenção de relações ao longo do tempo nas pessoas e também nos ratos da pradaria. A libertação desta hormona acontece durante o toque e o acto sexual e pensa-se que promove a ligação entre o casal.
Um estudo conduzido por uma equipa de investigadores da Universidade de Nova Iorque mostrou que a actividade de muitas regiões do cérebro se vai alterando à medida que o tempo de relação aumenta.
"Nos humanos evoluíram três sistemas cerebrais distintos mas inter-relacionados para copularem e se reproduzirem - a força sexual, o amor romântico e a ligação de longo termo com o parceiro - e os nossos resultados sugerem que os sentimentos de amor romântico podem evoluir para um sentimento de ligação",disse Helen Fisher, uma importante bióloga e antropóloga que há décadas estuda este tema. No mesmo comunicado, a cientista conclui: "O nosso resultado confirma o que as pessoas sempre assumiram - que o amor romântico é uma das mais fortes experiências humanas. É definitivamente mais forte do que o sexo." A prova final de que as relações de longa duração têm mais força do que o sexo ocasional são as rupturas, muitas vezes acompanhadas por um enorme sofrimento. Segundo Fisher, cerca de 40 por cento das pessoas que são rejeitadas pelo companheiro/a entram em depressão clínica, além de poder haver suicídios e homicídios à mistura. Em contrapartida, diz a cientista, "se alguém rejeita os avanços sexuais de outra pessoa, essa pessoa não vai fazer mal a ninguém".
Dito isto, a questão que podemos colocar é, se ao compreendermos o que é o amor e a forma como amamos, deixamos de viver a experiência de forma romântica. Numa reportagem da Esquire, Fisher responde a esta pergunta com uma imagem: "Eu posso conhecer cada ingrediente de um pedaço de bolo de chocolate, mas quando me sento para comê-lo, continuo a sentir alegria." Há outra coisa que compreender a base neurológica do amor romântico não nos retira - o mistério. Não sabemos por quem nos vamos apaixonar, nem porquê, nem quando.
Dito isto, a questão que podemos colocar é, se ao compreendermos o que é o amor e a forma como amamos, deixamos de viver a experiência de forma romântica. Numa reportagem da Esquire, Fisher responde a esta pergunta com uma imagem: "Eu posso conhecer cada ingrediente de um pedaço de bolo de chocolate, mas quando me sento para comê-lo, continuo a sentir alegria." Há outra coisa que compreender a base neurológica do amor romântico não nos retira - o mistério. Não sabemos por quem nos vamos apaixonar, nem porquê, nem quando.
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
A conclusão do Dr. Paulo Linhares..
"Os alunos dizerem que isto é “esquisito” é muito mau. Infelizmente, quer dizer que nunca ou raramente é feito pelos médicos de família. Normalmente estes exames são preteridos em relação à auscultação, tantas vezes desnecessária. Tenho o exemplo dos meus alunos: para eles ser médico é ter um estetoscópio ao pescoço. Estou farto de lhes dizer, aqui, em neurologia, tudo é necessário menos isso. Não vão descobrir nada no cérebro com ele. E para não se esquecerem que é possível viver sem um pulmão, mas não sem o cérebro. É triste como ao fim de 6 anos de curso mais 4 de especialização não entendem que a medicina é muito mais do que um horário e um honorário. As coisas importantes passam-lhes ao lado. Se seguirem o percurso de um ser humano, desde que nasce até que morre, podemos perceber que na primeira infância, até à entrada no percurso escolar, são realizados estes exames com frequência, de maneiras diferentes, pelos pediatras. Depois, simplesmente desaparecem do processo médico da pessoa."
"É tão simples, vocês mesmas o fizeram: primeiro, a avaliação dos nervos dos pares cranianos através do reconhecimento de cheiros, avaliação da amplitude visual, sensibilidade e mímica facial, assim como o timbre da voz e a capacidade de contrariar um movimento. Depois, a avaliação da capacidade reflexa dos membros superiores e membros inferiores, medidos na parte anterior do cotovelo, no pulso, no joelho e acima do calcanhar, terminando com a avaliação da força muscular e equilíbrio, realizando exercícios de verificação do tónus muscular, e da capacidade de manterem uma determinada posição."
Qualquer um o pode fazer, não há desculpas.
Impressões dos nossos rastreados! :D
Afonso “Foi diferente. Tudo aqui foi novo para mim.”
Carolina “Não sabia o que esperar, nunca tinha ouvido falar neste tipo de exames”
Alexandre “Foi incomum. Realmente nunca me tinha deparado com esta secção da medicina”
Ana Catarina “Foi importante, assim sabemos se estamos ou ficaremos bem”
Ana Filipa “Foi estranho, afinal de contas não se faz todos os dias”
António “Foi engraçado, assistirmos às nossas reacções sem as podermos controlar”
Arnaldo “Apenas tinha feito os testes motores. Esta foi uma boa iniciativa”
Bárbara “Normal. Boa interacção entre as promotoras e a turma”
Beatriz “Divertido, nunca tinha feito, excepto os reflexos”
Filipe “Foi bom para avaliar o nosso estado de saúde, de acordo com os vossos critérios”
Flávia “Foi estranho. Apenas tinha feito os reflexos. Achei estranho a necessidade de mímica”
Jéssica “ Nunca tinha feito nenhum destes exames, foi interessante”
João Guilherme “É costume, tenho de fazer todos os anos para obter o atestado de aptidão física – sou desportista”
João Carrasquinho “Gostei, acho bem que tenham este tipo de iniciativas”
José “Interessante, esta é uma iniciativa que poderá vir a ajudar a salvar a sanidade de alguém2
Márcia “Boa. É sempre bom sabermos se estamos bem”
Luciana “Foi fixe, mas diferente. Algumas coisas nunca me tinham feito”
Eduarda “Sou muito complicada, mas é bom saber para poder corrigir. Agora por indicação do Dr. Paulo posso dirigir-me a um serviço de neurologia e procurar ajuda clínica para os meus problemas”
Nuno “Esta é uma iniciativa que promove o autoconhecimento”
Pedro “Esta é uma boa iniciativa, mas só para quem está saudável”
Renata “É necessário, para ver se há algo de errado. Os grupos de Área de Projecto de 12º ano deviam tomar mais iniciativas destas”
João Santos “É engraçado conhecer os nossos próprios limites e ver os nosso sistema nervoso em funcionamento”
Parabéns aos nossos rastreados!
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